sábado, 1 de março de 2014

As diferentes versões de 'Bodas de Ódio'


Bodas de Ódio foi um livro lançado em 1960 pela legendária autora Caridad Bravo Adams. Anos depois, o romance que era ambientado na Rússia e Ucrânia do século XVII ganharia diversas versões adaptadas para a TV, todas elas com muito sucesso.

Bodas de Ódio(1963)


Em 1983 a Televisa realizou a primeira adaptação, com o título homônimo ao livro, Bodas de Ódio. A ambientação foi transferida para o início do século XX no México(entre 1905-10) e como se tratava de uma trama de época recebeu tratamento de super-produção pela emissora. O período histórico abordava a ditadura de Porfirio Diaz, aqui interpretado por José Luis Padilla.

Produzida por Ernesto Alonso, conhecido como El Señor Telenovela, que produziu sucessos como Só Você(1985), Eu Compro essa mulher(1990) e A Outra(2002), além de ter atuado em filmes como de Luis Buñuel, a novela já estreava cheia de pompa e mérito. Christian Bach interpretava Magdalena e o tenente José Luis foi vivido por Frank Moro, mesmo casal do sucesso El Amor nunca muere(1982). Miguel Palmer completava o triângulo amoroso como o rico Alejandro Almonte.

Além da novela ter marcado época e ser considerada um clássico da teledramaturgia mexicana, Bodas de Ódio é até hoje lembrada como um dos mais potentes sucessos do México. Quando casou com Humberto Zurita, a atriz que atualmente é vilã em La Impostora, usou seu mesmo vestido de noiva da novela.

Amor Real(2003)


Vinte anos passados desde o impacto da trama original,  foi encomendado à bem sucedida Carla Estrada uma nova versão da novela. Batizada como Amor Real, a produção de 2003 convocou nomes do primeiro escalão do elenco da emissora. Fernando Colunga viveu o galã Manuel Fuentes, Adela Noriega foi a mocinha Matilde e o triângulo era fechado por Mauricio Islas como o capitão Adolfo Solis. Além disso Helena Rojo, Ernesto Laguardia, Chantal Andere e um grande elenco integravam o melodrama.

Mesmo ambientada em um período anterior à sua versão original, o melodrama também abordava batalhas políticas que assolavam o México do século XIX. Fernando Colunga encarnou um verdadeiro herói que conquistou o público com seu personagem rude e sentimental. Naquela época, o romance entre casais de classes diferentes era proibido.

Amor Real foi um dos maiores sucessos de Carla Estrada, uma profissional cheia de êxitos. A novela que até então havia sido uma das melhores audiências da emissora arrebatou quase todos os prêmios Tv y Novelas de 2004. A trama foi exibida no Brasil em 2003 é uma das favoritas do público para que seja reprisada nas tardes do SBT,

Lo que la Vida me Robó(2013/14)

Em um momento que a Televisa enfrentava um difícil momento por seus remakes mau-sucedidos, mais uma vez, uma versão de Bodas de Ódio veio para salvar os níveis de audiência. Desta vez a encarregada para produzir uma versão contemporânea do melodrama foi Angelli Nesma Medina, que transformou Lo que la vida me Robó, em um dos grandes fenômenos dos últimos tempos.

Angelique Boyer, de Teresa foi a encarregada de viver a protagonista moderna, Montserrat, uma mulher independente de escolher o seu noivo, coerente com a nova época. Alejandro, vivido por Sebástian Rulli é um personagem controverso, porque seu amor por Montserrat o leva à loucura, porém o dinheiro que herdou instiga a cobiça da família Mendonza. O comandante da vez interpretado por Luis Roberto Guzmán, também provoca sentimentos na protagonista.

Novos e polêmicos temas também foram permitidos, como cenas de sexo, homossexualidade e até mesmo mutilação foram inclusos no melodrama. O papel da grande vilã, Graciela, foi dado à Daniela Castro, um grande talento da TV, muito conhecida por interpretar mocinhas como em Canavial de Paixões(1996).

Atualmente a novela compete com Avenida Brasil que é exibida pela TV Azteca, mesmo assim bate récordes de audiência há tempos não vistos como 29 pontos.

Obviamente a versão do livro de Caridad Bravo Adams sempre sofre alterações a cada uma de suas adaptações, porém em suas três versões foi sempre garantia de orgulho e sucesso para sua realizadora: A Televisa.

4 comentários:

  1. As 3 são verdadeiros sucessos. Eu não conheço a versão de 1983, mas as outras duas sim. São demais!!!

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  2. Assisti O que a vida me roubou e depois Amor Real. Apesar da primeira ter uma excelente trama, passa longe da beleza, do cenário magnífico e da esplendida interpretação dos atores da segunda.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Não gosto de novelas, mas para melhorar meu espanhol assisti algumas e sinceramente me apaixonei por amor real, acho que o titulo que não tinha nada a ver, mas amei tudo, o cenário, os atores, da história mesmo.

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